RUBIACEAE

Borreria remota (Lam.) Bacigalupo & E.L.Cabral

Como citar:

; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Borreria remota (RUBIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

4.094.814,787 Km2

AOO:

36,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Espécie americana de ampla distribuição, ocorrendo no sul dos Estados Unidos, Antilhas, América Central e América do Sul até a Bolívia. No Brasil ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Acre, Ceará e Mato Grosso; a cerca de 1800m de altitude (Cabral; Salas, 2012; Cabral; Bacigalupo, 1999; CNCFlora, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie recentemente descrita, distribuição ampla pelos Cerrados e na Mata Atlântica, não endêmica do Brasil. Há ocorrência para o Acre. Portanto, a distribuição conhecida ainda está em evolução. Espécie arbustiva, floresce e frutifica quase o ano todo e vive entre dois e cinco anos e aparentemente dependente de habitat florestal para sombreamento. Encontrada em unidades de conservação. Dependente de pesquisa e medidas de conservação em diferentes estados do Brasil.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Darwiniana 37(3-4): 334. 1999.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta ombrófila densa montana e floresta estacional semidecidual (CNCFlora, 2011); freqüente em bosques secundários e terrenos modificados (Cabral; Bacigalupo, 1999); no interior ou bordas de florestas e matas, em locais sombreados da mata de capão (Cabral et al., 2011).
Habitats: 1 Forest, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane, 3 Shrubland, 3.5 Subtropical/Tropical Dry, 4 Grassland, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland
Detalhes: Caracteriza-se por subarbustos rizomatosos, podendo atingir de 0,3-0,5 (-1)m de altura; floresce e frutifica quase o ano todo (Cabral; Bacigalupo, 1999); pode apresentar o hábito herbáceo (Cabral, 2012).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanus Kunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf, Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seusremanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Aindaque restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maioresbiodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorreporque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies devalor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, seja, entreoutros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática detransformar floresta em área agrícola (Simões; Lino,2003).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Estadual Intervales e Parque Estadual Carlos Botelho, no estado de São Paulo (CNCFlora, 2011).